O escritor cabo-verdiano José Luiz Tavares denunciou hoje, em entrevista à Inforpress, o que considera ser um “simulacro” e uma “fraude” no processo de introdução no ensino da língua cabo-verdiana.
“Batuku e aima di povu” (KD) & “Batuku sta na moda” (OP)
Os constrangimentos paralisantes, provenientes tanto da emergência nas ilhas de uma cultura crioula, peri-ocidental e peri-africana (na pertinente terminologia do sociólogo e historiador António Leão Correia e Silva) e consolidada em toda a extensão arquipelágica da colónia/província ultramarina na diversidade das suas manifestações materiais e espirituais, como também da ascensão económica e social e da aristocratizarão intelectual de negros e de mulatos caboverdianos, para utilizar expressões muito caras à doutrina culturalista instituída por Baltasar Lopes da Silva e...
A classificação da língua portuguesa como património cultural imaterial, numa altura em que a língua que é a maior expressão da nossa identidade cultural, do nosso modus vivendi e da nossa forma de ser e estar no mundo, vive no exílio na sua própria terra natal, revela-se um grande insulto, desdém e provocação aos falantes da língua cabo-verdiana.
A comunidade bissau-guineense radicada em Cabo Verde parece ser a mais numerosa das comunidades estrangeiras residentes nas ilhas sahelianas e, especialmente das comunidades africanas presentes desde os meados dos anos oitenta do século XX na paisagem e no dia a dia das ilhas de Cabo Verde e das suas gentes. A sua presença fez com que o caboverdiano das ilhas se visse obrigado a confrontar-se, com um outro que nele despertava sentimentos contraditórios: por um lado, de empatia pelos comuns sofrimentos e vulnerabilidades; por outro lado, de estranheza e, até, de repulsa, de xenofobia e...
A Associação da Língua Materna Cabo-verdiana (ALMA-CV) defendeu hoje, na Cidade da Praia, a necessidade da oficialização e de investimentos para continuar a promoção e a valorização da língua crioula.
Porque nem a justiça, muitas vezes, tem o monopólio da verdade, nem os juízes têm a exclusividade da razão, importa trazer aqui alguns apontamentos de superior relevância para se perceber o tamanho dos grilhões impostos ao Dr. Amadeu Oliveira e de como o corporativismo judicial vem criando um enredo ficcional para almejar uma realidade alternativa e ilibar-se dos seus próprios monstros.